quinta-feira, 10 de maio de 2012

Possibilidade de PlayStation 4 e Xbox 720 bloquearem jogos usados divide indústria




Para quem joga videogame emprestar jogos dos (e aos) amigos, ou então fazer algum rolo com games de segunda mão, é algo tão natural quanto necessário – o bolso agradece. O problema é que tais práticas podem estar com os dias contados: se os rumores que circulam pela internet há algum tempo se confirmarem, os sucessores do PlayStation 3 e Xbox 360 trarão mecanismos para bloquear games usados.
Tanto Sony quanto Microsoft estariam preparando uma tecnologia para atrelar o disco à conta do jogador na PlayStation Network e na Xbox Live, respectivamente. Com isso, passaria a ser impossível o jogo rodar em outra máquina, a não ser mediante o eventual pagamento de uma taxa. Você tem o “FIFA” e combinou de ir jogar na casa de um amigo? Então seria preciso levar o seu videogame também.
A ideia, de forma geral, está sendo vista com bons olhos por desenvolvedores e publishers. Na verdade, parece ser uma questão de sobrevivência, já que de acordo com alguns deles o comércio de jogos usados pode arruinar a indústria. "Em geral as pessoas não entendem o quanto custa criar essas experiências épicas que colocamos nas prateleiras por apenas US$ 60”, disse Jameson Durall, game designer da Volition através do blog AltDevBlog.
A questão é que, para desenvolvedores e publishers cada venda de jogo usado é uma venda perdida. Há até quem culpe o comércio e o escambo de segunda mão pela crescente diminuição de títulos exclusivamente single-player: “Conheço publishers que interromperam a produção de jogos porque sabem que a maioria das lojas não vai repor estoque após o lançamento inicial, já que confiam na venda dos usados", garantiu David Braben, fundador da Frontier Developments, ao Gamasutra.
Alguma coisa já está sendo feita: quem nunca se deparou com um código para acessar o multiplayer ou algum conteúdo exclusivo? Vide os casos de “FIFA 12” e de “Mortal Kombat”, só para mencionar dois.
Outro efeito colateral dos usados foi forçar a publishers a apostarem todas as suas fichas em vender os jogos logo no lançamento, já que três meses depois as cópias novas encalham ou somem das prateleiras. "Se os jogos usados continuarem nessa rota, vão canibalizar a indústria de games", adverte Denis Dyack, líder da Silicon Knights.

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