quarta-feira, 15 de junho de 2011

Análise - Call of Duty: World at War

Gênero: Shooter
Desenvolvedora: Treyarch
Plataforma: Wii



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Vamos falar de uma franquia adorada por milhões de jogadores, aqueles jogadores que passam horas de seus agitados dias para poderem estourar a cabeça de alguém em partidas online. Estou falando de Call of Duty, com alguns não gostando e outros amando, um CoD é o próximo da vez aqui nas nossas análises. E com World at War recebendo versões de qualidade e com gráficos arrasadores na outras plataformas, como o Wii entraria nessa?


"Ou você diz cadê o baiano, ou você morre!"

Em 2008, quando Call of Duty não era uma série tão sobrecarregada e recebia jogos com uma frequência um pouco menor, surgia World at War. Em todo lugar nós ouvimos falar sobre a Segunda Guerra Mundial, e admita, nunca é diferente. Ficamos sabendo dos eixos, das batalhas, dos aliados e de tudo aquilo que você só vai precisar saber naquela sua prova de História.

Nunca entramos em cheio nos acontecimentos. Com os jogos de guerra o mundo se abriu para aqueles que queriam ter a emoção de estar lá no meio das batalhas e também para os jogadores que se cansaram de jogar jogos casuais para entrarem no clima de todo mundo e sair dando tiro para tudo quanto é lugar.

Mas nem tudo é tão simples, chará. Você enfrentará desafios, terá que trabalhar em equipe e saber manejar uma arma. Se tratando de Wii então, muitas novas portas se abrem para o console ser bem explorado e trazer uma experiência sem igual aos jogadores. O jogo é dividido em duas partes, a da invasão ao pacífico pelos soldados norte-americanos e a da batalha envolvendo o exército russo e alemão.


"Rápido, vamos! Não tô mais aguentando essa campanha nossa!"

Na primeira campanha, você controla Miller e começa como um prisioneiro em uma ilha do Japão, logo depois que é libertado, você segue junto com outros americanos para cumprirem seus objetivos e assim fazerem com que os japoneses se rendam. Já na segunda campanha, o soldado controlado é Dimitri e você começa caído, juntamente com outros soldados, se fingindo de morto para não morrer. Depois da fuga sua jornada continua com a companhia do sargento Reznov.

A campanha norte-americana é um tanto quanto sem sal, ela não possui uma história envolvente e não fará com que você fique preso ao jogo. Tudo é baseado na ação e ela é um tanto quanto fácil comparada à outra campanha. Se tratando dos russos, a história é mais dramática e te segura bem à World at War, tudo tem que ser totalmente cronometrado e na medida certa para você não perder o general alemão da mira ou deixar de matar o sniper safado que se esconde no prédio.

Antes de toda fase começar, surge um pequeno vídeo que nos mostra através de gravações e imagens o que realmente aconteceu na época e dá um introdução do que vem pela frente no jogo. Enquanto a primeira "parte" do jogo se trata de ação, a segunda explora bem os pontos fortes com suspense, estratégia e fugas memoráveis. Os momentos de tensão do jogo são realmente bons, não deixam a desejar e aparecem nos momentos certos da jogatina.


O bagulho é loco, mano. Tem que botar os alemão pra correr.

Tudo bem que é de Wii, mas os produtores tinham que ter trabalhado mais nos gráficos do game. Os modelos dos personagens são totalmente toscos e ausência de sangue tira muito da graça de um shooter. Os movimentos não são os mais realistas, mas isso não interfere muito. O que salva mesmo são os ambientes, as explosões e algumas armas e objetos que receberam mais atenção pelos produtores.

Todo mundo já percebeu que um toque "cinematográfico" foi dado ao jogo, e isso lembra muito aqueles famosos filmes de guerra. Sendo assim não poderia faltar uma boa dublagem, e falando disso o jogo cumpre seu papel. Os dubladores foram bem escolhidos e combinam com os personagens. Os sons do ambiente, dos tiros e das explosões foram bem feitos. Algumas músicas poderiam ter sido colocadas para combinarem mais com os momentos de tensão, mas as que estão presentes não falham ao tocar.

A jogabilidade é bem simples, agradará aos mais velhos e será de fácil aprendizado aos mais novos. Quem já costuma jogar jogos de FPS no Wii não se estranhará muito, e se estranhar, pode colocar a configuração de um botão ou outro da maneira que quiser. As missões podem repetir um pouco na primeira campanha, mas na segunda os objetivos são bem mais viciantes e variados. O ponto fraco fica para a inteligência artificial, há inimigos que são literalmente burros no jogo, a ponto até de não perceberem uma bala passando ao lado do seu ouvido.


"Não fica brincando com grama aí não, parceiro. Atira logo!"

No final das contas o jogo é um prato cheio para aqueles que se preocupam com a história em shooters e não dispensam momentos de tensão no jogo. Mas lembre-se, isso só será na outra metade do título. Só não espere encontrar gráficos maravilhosos e texturas bem detalhadas, pois World at War não oferece isso. O jogo é recomendado se estiver querendo uma experiência mais balanceada e um tanto quanto desafiadora.

O Veredicto
História: 8.5 - Se não fosse pelos momentos norte-americanos, o jogo seria tomado pela tensão e pelo drama.
Gráficos: 7 - Cenários destrutíveis e outros aperitivos poderiam ser acrescentados, mas alguns ambientes e explosões compensam parte das perdas.
Som: 9 - Boa dublagem e sons bem trabalhados.
Gameplay: 8 - Missões variadas, porém alguns objetivos se repetem. Jogabilidade fluída.
Nota final: 8.1 - Muito bom. Recomendado!

 

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